France English Português Contactez nous

facebook petite icone bleue
twitter petite icone
flux rss, icone
mecaniqueuniverselle.net : aller à la page d'accueil

Do animal ao homem

Estudo do comportamento do homem

jackson pollock a l'actionconsciência, pulsões e interditos

« O homem é um animal razoável. » Aristóteles

A humanidade está destinada a atingir a sua perfeição

Física e psiquicamente, o homem está constituído para agir.

Todas as actividades humanas estão orientadas para uma primeira finalidade: adaptar cada vez melhor a espécie ao seu mundo.

O aparecimento da espécie humana no coração do fenómeno vida inscr-se na SUBIDA progrèssiva do SER VIVO PARA UM espírito superior.

Depois de se ter dissociado dos outros primatas, a espécie humana desenvolveu algumas qualidades físicas: perda da pilosidade, posição em pé, destreza, aumento do volume cerebral, e algumas qualidades psíquicas: desenvolvimento da linguagem, da razão, da vontade, da consciência, da moral, etc.

Todas as nossas especificidades psíquicas evoluíram a partir de caracteres que o primata natural já apresentava.

O aparecimento da espécie humana no coração do fenómeno vida inscr-se na SUBIDA progrèssiva do SER VIVO PARA UM espírito superior.

A inteligência, a afectividade, a memoria, a vontade, a consciência ou a razão, também se encontram nos nossos primos, os macacos.

Até os nossos interditos morais declinam de interditos já presentes na natureza.

De facto, um género de « moral INSTITIVA » rege a vida animal e reduz a violência à sua « mínima necessidade possível ».

Um instinto, por exemplo, obriga o dominante a cessar qualquer tipo violência quando o subordinado demonstra submissão.

O homem converteu essa « moral instintiva » em leis e em éticas: « Não se bate num homem caído »; « é proibido abusar da sua força, do seu poder ou abusar pessoas vulneráveis », etc.

Os progressos das nossas faculdades psíquicas actuam sobre vários aspectos da humanidade:

1/ As nossas qualidades intelectuais e analíticas adaptam cada vez melhor o homem ao seu meio ambiente.
2/ As nossas qualidades morais e éticas permitem-nos controlar cada vez melhor algumas das nossas pulsões e tendências naturais incompatíveis com os valores humanos (atitude de predador, agressividade, dominação, etc.).
3/ As nossas qualidades afectivas e psicológicas permitem melhorar constantemente a nossa relação com outrem e com nos próprios.

Obviamente, todas essas faculdades psíquicas evoluem em permanência. Interagem entre elas e trabalham em silêncio para um objectivo superior: a perfeição humana final.

Neste capitulo, vamos estudar as faculdades que permitem ao homem controlar cada vez melhor o seu comportamento.

O domínio dos comportamentos

De todos os primatas, apenas o ser humano é capaz de purificar os seus instintos em acções criativas, ou de impor a si próprio os rigores do ascetismo para atingir o êxtase místic

Contrariamente aos outros macacos, o homem adquiriu os meios de dominar PLENAMENTe as suas tendências, como no caso do asceta por exemplo.

A nossa espécie d em grande parte esta proeza à emergência das suas novas capacidades cerebrais.

Verbalização, raciocínio, conceitualização, memorização, tomada de consciência, moralização e vontade, são algumas dessas novas capacidades.

Com estas qualidades psíquicas, a humanidade desenvolveu um sistema de interditos sofisticados: TABUS, morais, leis, éticas.

Esses interditos culturaIs reduzem progressivamente a influência de algumas das nossas tendências naturais, como a de nos afirmar em detrimento de outrem.

« A afirmação animal em detrimento dos seus semelhantes » torna-se, na humanidade, no abuso de outrem. Roubo, violência, guerra, escravidão, racismo, etc. são alguns desses abusos. Esses actos primários resultam de certos instintos primatas como a atitude de predador, a agressividade, o egocentrismo, a dominação.

Evoluindo de animal para homem, os instintos tornaram-se « tendências ».

Tornando-se tendências, os « ABUSOS DE OUTREM » entraram na esfera da consciência. Tornaram-se então mais fáceis de corrigir, de controlar, e então de eliminar. A educação, a consciência, a pressão social, a escolha dos valores de uma sociedade, podem influir nesses tendências, o que não é o caso do instinto presente nos primatas.

Se, como nós pensamos, um dos objectivos da humanidade é de conseguir controlar perfeitamente o seu comportamento, podemos perceber o interesse que havia para a nossa espécie de evoluir de macaco para homem.

Paralelamente a esse trabalho de esmagamento progressivo das pulsões abusadoras, a humanidade estimula AS tendências SOCIAS e pOSITIVAS: Amizade, amor, afecto, reconciliação, consolo, mediação, partilha, reciprocidade, piedade e altruísmo, também tem a sua origem no nosso passado de primata natural e o homem transcende-os.

Em resumo:

Numa primeira etapa, a nossa espécie – dotando-se da linguagem, da memória, da consciência, da vontade – conseguiu dominar a gestão progressiva das suas pulsões.

Depois, graças sobretudo às religiões, o homem começou a comprimir essas pulsões agressivas e abusadoras e a valorizar pelo contrário as tendências fraternais e pacíficas.

E finalmente, este mecanismo orienta a nossa espécie para a « gestão perfeita das suas pulsões ».


crueldade

flaubert

« Depressa se aborreceram. O seu espírito precisava de trabalho, a sua existência de um objectivo. » Flaubert. Bouvard et Péuchet