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Do animal ao homem

o destino do mundo

joseph bueys coyotteamor e felicidade

« A única verdadeira finalidade do amor é a evolução espiritual ou humana. » Scott Peck

A humanidade está destinada a atingir a sua perfeição

Ainda que as origens da nossa espécie nos pareçam um pouco imprecisas, e ainda que nos falte ainda alguns elos para certificar, de maneira definitiva, a nossa afiliação ao tronco comum dos primatas naturais, o ponto de vista darwinista é o mais geralmente admitido pelo pensamento humano.

Para algumas pessoas, a teoria da evolução das espécies proposta por Charles Darwin parece incompatível com a ideia de um mundo determinado e com a ideia de Deus.

O princípio da selecção natural, a hipótese de evolução do ser vivo por o mais adaptado, tem de ser obrigatoriamente ligada, segundo essas pessoas, à ideia de acaso, a um mecanismo auto-criado.

Não partilhamos minimamente esse ponto de vista.

Para nós, Deus e Darwin podem muito bem co-existir.

O darwinismo é perfeitamente conciliável com a ideia do divino. A selecção natural pode muito bem ser encarada como um dos mecanismos que orientam a evolução do ser vivo para um espírito superior.
O acaso não tem muito a ver com a nossa teoria; no entanto a sua presença não incomoda em nada o desenvolvimento dela. De facto, o ser vivo pode muito bem ser submetido ao acaso, ao mesmo tempo que tem uma finalidade determinada (assim como a vitoria deste ou daquele espermatozóide pode ser fruto do acaso, mas o número de espermatozóides, o numero de tentativas possíveis, o numero de casais constituídos, etc., acaba por trazer 100% de probabilidades de que a espécie se perpetue).

O acaso passa então a ser o simples instrumento de um mundo determinado.
Voltando ao tema da selecção de espécies: A sua influência é extremamente poderosa sobre o mundo natural; no entanto perde cada vez mais crédito sobre o mundo cultural. De facto, a sociedade humana não cessa de combater o príncipio animal do mais forte que domina o mais fraco.

Fora alguns caso extremos e patológicos, a maior parte dos seres humanos acha anormal o abuso praticado pelo dominante sobre o dominado. A maior parte da humanidade não clama « desgraça ao vencido ». Com uma empatia acrescida, coloca-se, pelo contrário, « instintivamente » do lado do fraco. é o que faz de nós uma humanidade (e as tentativas destinadas a nos fazer detestar o oprimido nunca conseguem atingir o coração humano, coração esse, que sabe distinguir as coisas).

Esse novo patamar da vida ajuda naturalmente a acreditar na ideia segundo a qual a selecção das espécies é apenas um instrumento pontual da evolução do ser vivo.

é certo que a humanidade provém de um mundo animal, onde reina um sistema de selecção natural; contudo, a humanidade extraiu-se desse sistema e evoluiu.

Para esclarecer essa progressão do ser vivo, traduzida pelas suas qualidades sensíveis, vamos analisar principalmente as novidades trazidas pela nossa espécie no grande sistema da evolução.

Para simplificar o nosso vocabulário, designaremos por « primata natural » o animal de que somos descendentes, e designaremos por « homem construtor » o conjunto dos homens que compõem a nossa espécie, desde que essa se constituiu cromossomicamente em grupo distinto.

Os 3 principais progressos humanos

éramos então « primatas naturais » e tornamo-nos « homens construtores ».

Entre essas duas etapas, consideramos que há « evolução ».

Algumas dessas evoluções parecem perfeitamente evidentes, como por exemplo a perda de pilosidade, o aumento do volume cerebral, o desenvolvimento da linguagem ou a relação com as ferramentas. Outras, pelo contrário, são bem mais subtis, sobretudo quando tem a ver com capacidades afectivas e sentimentais como é o caso da amizade, do amor familiar, das relações sentimentais, da empatia, etc.

De todas as espécies vivas, a humanidade é aquela cuja progressão é a mais fulgurante.

Além da rapidez da nossa evolução, a nossa espécie também parece ser a única com capacidade para:

Refrearmos voluntariamente certas tendências,
Transformarmos conscientemente o nosso meio ambiente,
Respondermos ao conjunto dos nossos questionamentos.

Comportamento, meio ambiente, questionamento: esses são os três principais eixos onde aparecem todas as acções humanas.

O controlo progressivo do comportamento desenvolve actividades como o direito, a justiça, a psicologia, a sociologia, a educação, a moral, a vida social, o progresso técnico, etc. Trata-se de aniquilar, progressivamente, a tendência primata e se afirmar prejudicando os outros, no psiquismo humano.

O controlo progressivo do meio ambiente engloba o conjunto de actividades de construção, de pesquisa, de protecção, de expansão, de saneamento, etc. Tem por finalidade de adaptar cada vez melhor o homem ao seu meio ambiente.
Temos de vencer pouco a pouco todos os perigos ligados à natureza e elaborar um mundo limpo, seguro e ideal, no qual o conjunto humano poderá viver e circular sem preocupação e sem obstáculos.

O controlo progressivo do questionamento abrange o conjunto de pesquisas ou procuras humanas, sejam elas científicas, filosóficas, espirituais, esotéricas, etc. A través essa contínua procura de respostas, o homem tem de descobrir o sentido do mundo e o significado da sua presença nesse mundo.

Cada acção humana, directa ou indirectamente, de longe ou de perto, esforça-se para o progresso dum desses três eixos principais.

Do homem ao humano

Através desse longo trabalho de evolução, a humanidade transforma pouco a pouco:

um primata natural ;

Submisso aos riscos da natureza…
Condenado à sobreviver em detrimento dos seus semelhantes…
e ignorante da sua condição…

num humano realizado ;

Dono do seu meio ambiente…
Perfeitamente respeitoso de outrem
E que decifrou completamente o seu mundo e o sentido da sua presença nesse mundo.

Esta espectacular metamorfose de um primata natural num humano realizado está incluída na « evolução global do ser vivo para um psiquismo superior » da qual parece ser um dos resultados.

Hoje estamos num certo ponto desta evolução, situado algures entre o nascimento da humanidade e a « perfeição intransponível » para onde ela se dirige.

2001

comportamento

Charles Darwin 
1809 - 1882 naturaliste et paléontologue anglais

Charles Darwin

1809 - 1882 naturaliste et paléontologue anglais