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A adaptação ideal ao meio

Filosofia e evolução

sonia delaunayAdaptação do homem ao seu meio-ambiente

Há duas maneiras de gerir as dificuldades: modifica-las ou adaptar-se à elas.”P. Bottome

Cada actividade humana, como vimos na introdução do capítulo “Animal Homem”, está irresistivelmente destinada a melhorar um dos três principais eixos da nossa evolução:

1/ O nosso controlo do comportamento humano.

2/ O nosso controlo do meio ambiente.

3/ O solucionamento dos nossos questionamentos.

Depois de estudados, na primeira parte desse capítulo, os progressos do homem sobre o seu comportamento, vamos agora debruçar-nos sobre a segunda principal actividade humana, ou seja: o controlo progrèssivo do nosso meio ambiente. 

De forma instintiva, cada espécie viva esforça-se por se adaptar o melhor possível ao meio em que vive.

Essa procura da melhor adaptação possível permite a cada grupo animal ou vegetal afastar o maior número de perigos inerentes à natureza, e assim, preservar a perenidade da espécie.

Com a ajuda de vários estratagemas elaborados com o tempo – camuflagem, isolamento, sistema de repulsão – os animais e as plantas conseguiram reduzir grande parte das ameaças presente no seu meio ambiente.

Só que, apesar da inteligência e da beleza dos meios de defesa elaboradas pela adaptação natural, essas defesas não são perfeitas, e não podem atingir o grau zero quanto ao perigo.

Nenhuma delas, por exemplo, conseguiria resistir à inteligência humana.

Essas defesas naturais, resultados de séculos de adaptação, não tem a flexibilidade e a rapidez da adaptação humana, quando esta se apoia sobre a consciência, o CÁLCULO e a ANÁLISE.

“Aquilo que faz o homem, é a sua grande faculdade de adaptação.” Sócrates

A maior parte do tempo, as outras espécies são incapazes de fazer frente à bruscas mudanças do seu meio ambiente, incapazes de escapar totalmente aos seus predadores ou aos caprichos do clima.

A humanidade, pelo contrário, está dotada de uma organização PSÍQUICA e física particular.

Pode conceber intelectualmente o conjunto dos seus PERIGOS POTENCIAIS, elaborar estratégias para os combater e construir sistemas materiais para se proteger deles.

Extremamente reactivos, os nossos meios de adaptação estão em progresso permanente e só encontrarão os seus limites quando atingirem a sua perfeição.

2001

espirito

charles darwin

 

As espécies que sobrevivem não são as espécies mais fortes, nem as mais inteligentes, mas aquelas que melhor se adaptam às mudanças. Charles Darwin